Nesta sexta-feira (7), em cerimônia no Templo Budista Honpa Hongwanji, o município de Registro (SP) foi palco do anúncio do relançamento da marca Chá Ribeira, uma das mais tradicionais do mercado de chá preto no Brasil. O evento integrou a abertura da Rota do Chá, mobilização que reúne produtores, empresários e comunidade do Vale do Ribeira em torno da valorização da teicultura regional.

Fotos: Infusorina e Escola de Chá Embahu

Marca histórica ganha novo ciclo sob gestão da Amaya Chás

A Amaya Chás — única indústria de chá preto de grande porte ainda em operação no país, sediada em Registro — anunciou a aquisição dos direitos da marca Chá Ribeira, anteriormente pertencente à família Okamoto, pioneira na cultura do chá no Vale do Ribeira.

Durante o evento, a empresa apresentou a nova identidade visual e as embalagens reformuladas, exibidas com exclusividade aos participantes da Rota do Chá, que também puderam degustar o produto preparado na hora. Segundo a Amaya, o lançamento comercial oficial ainda não tem data definida, mas a empresa confirmou que iniciará a produção em escala nos próximos meses.

Foto: Infusorina e Escola de Chá Embahu

Tradição iniciada há quase um século

Representantes das famílias Amaya e Okamoto relembraram a trajetória da produção de chá na região, iniciada no começo do século XX. O marco histórico ocorreu em 1925, quando Torazo Okamoto introduziu as primeiras mudas da Camellia sinensis de origem chinesa. Cerca de dez anos depois, novas variedades assâmicas, trazidas da Índia, chegaram ao Brasil e se adaptaram perfeitamente ao clima do Vale do Ribeira — consolidando a base do cultivo que se mantém até hoje.

O Chá Ribeira, portanto, completaria 100 anos em 2025, e o relançamento simbólico também homenageia esse legado centenário que ajudou a construir a identidade agrícola da região.

Sabor original preservado

Agora sob a responsabilidade da Amaya Chás, o produto retorna ao mercado com o mesmo perfil que o consagrou: um chá de oxidação mais intensa, preservando as características originais do sabor e aroma.

“O Chá Ribeira que tanto fez história continuará sua trajetória. Estamos aqui até hoje graças às primeiras mudas trazidas da Índia por Torazo Okamoto. Só temos a agradecer à família Okamoto pela confiança em colocar novamente esse produto no mercado”, declarou Riogo Amaya, diretor da empresa.

Foto: Infusorina e Escola de Chá Embahu

Impacto regional e identidade cultural

Para o município de Registro e todo o Vale do Ribeira, o retorno da marca tradicional representa mais do que um movimento empresarial. A reativação pode gerar novas oportunidades de emprego, fomentar o turismo rural — por meio de roteiros de visitação ligados à cultura do chá — e reforçar a identidade regional associada à produção agrícola e à história das famílias imigrantes que introduziram a cultura do chá preto no Brasil.

A comunidade local, produtores e visitantes da Rota do Chá acompanham com expectativa os próximos passos desse projeto, que promete resgatar uma das histórias mais marcantes da agricultura e da indústria regional.

 

Fonte: Assessoria Amaya Chás

Fotos: Infusorina e Escola de Chá Embahu / Amaya Chás